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segunda-feira, janeiro 03, 2011





11 Horas de Voo depois...

         Depois de 4 dias da nossa chegada do Brasil em Richmond, Canadá, partimos em busca do continente asiático... O voo para Beijing, no avião da Air China durou 11 horas.
O interessante é que viajamos "no tempo", pois  como voamos no sentido oeste, chegamos a Beijing no dia seguinte às 4 e meia da tarde... Ou seja, com mais de 28 horas de diferença.
        

Tirei esta foto enquanto o avião sobrevoava o Alasca.O sol estava se pondo!


         Em Beijing, muitas surpresas me esperavam. Umas agradáveis, outras hmm... nem tanto. Apesar de ter nascido e crescido no nosso Brasilzão, onde as pessoas muitas vezes não são um primor de higiene, fiquei chocada ao ver os chineses cuspindo nas ruas e até mesmo nos transportes coletivos. Os banheiros também não eram limpos, e papel higiênico é item ali desconhecido. Aaah!! Agora entendo o porquê de todos os chineses carregarem consigo um pacotinho de lenços de papel....:D

Banheiro de "agachar" em Guangzou. (até que este era limpo, ficava ao lado do Starbucks de lá)
Ali na cidade de Beijing, fizemos uma peregrinação a jato, pois ficamos apenas alguns dias. Charles, o nosso anfitrião, quis mostrar vários pontos turísticos da cidade. A "Cidade Proibida", onde ficam os palácios dos imperadores, é um lugar imenso e de arquitetura impressionante. Andamos pelas ruas do centro da cidade e vimos de tudo: desde lojas vendendo produtos de alto nível até barraquinhas na rua com espetinhos de insetos. A cada passo, literalmente uma surpresa! 


Detalhe arquitetônico do telhado de um dos palácios: as madeiras são todas encaixadas perfeitamente como num quebra cabeças, e muitas das estruturas não necessitam de pregos ou cola.


Charles é nativo do Laos e sua esposa Caroline é francesa. O filho deles tem dois anos e chama-se Noe. Eu fiquei impressionada em vê-lo conversando em chinês com o pai e a babá e em francês com a mãe. Ele "muda de canal" com a maior desenvoltura! E enquanto brincávamos eu mostrava os brinquedos, dizendo o nome em português e ele... repetia sem nenhum sotaque! Palavras como "caminhão", "vermelho" e outras eram repetidas com exatidão. Ele também aprendeu a dizer "Cabô!" quando um brinquedinho musical repentinamente parava de tocar. Uma gracinha!
(Charles e seu filho Noe no restaurante em que jantamos "Peking Duck")
O dinheiro em Beijing é chamado "RMB". Ele vale 0,25 Reais.  A China ainda é um país comunista apesar de estar "aberto" para o mundo, mas todos os turistas precisam ser registrados na delegacia de policia onde informam o endereço que vão ficar. Ouvi dizer que o crime por lá é baixo, devido à rigidez com que a lei é exercida. Pena de morte é veredito comum. 


E que tal levar os "gatinhos" para passear lá fora? Mas bichano que é bichano não admite coleira... nem aqui nem na China! :D
                Uma das surpresas agradáveis foi provar os "sabores" de Beijing. Um dos pratos que mais amei ali foi o "dumpling" (que é um pastelzinho cozido no vapor) de cebolinha verde e ovo... Uma delícia! 



           Acima, da esquerda para a direita: dumplings de cebolinha verde e ovo (maravilhosos), espetinhos crocantes de insetos, cavalo marinho e estrela do mar ( arghh!!) e tortinha de creme de ovos (uma delícia). A China é um país cheio de contrastes.


          Tanto ao chegarmos ao aeroporto quanto quando partimos, tive uma sensação estranha de estar em um planeta diferente.  Ou em um sonho surrealista. Tudo é tão grande, cinzento e frio, os oficiais de imigração quase robóticos, e no fundo uma música clássica de Chopin tocando o tempo todo... é de dar medo ou não é?...

         Mas a minha experiência em Beijing foi inesquecível. Encontrei pessoas legitimamente autênticas, de sorriso aberto, de coração franco e dispostas a compartilhar um dedo de prosa (eles amam falar inglês com os turistas - ou pelo menos tentar fazê-lo), tirar uma foto ao seu lado ao precinho módico de "fái dóla". Enquanto eu andava pelas ruas, sentia o olhar curioso de muitos deles, principalmente quando estava em locais frequentados exclusivamente por chineses (como nos restaurantes locais por exemplo). 


Fotos tiradas no mercado público de Beijing. 

            




                




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